Caríssimos irmãos uma palavra breve sobre o Evangelho de hoje. Jesus conta uma parábola sobre uma viúva e um juiz insensível e malvado. Tal viúva não conseguia defender-se das opressões de tal juiz, que não temia a Deus, nem os homens, embora ouvisse todas as queixas da viúva. A situação se parece com a realidade de tanta gente pobre, doente, abandonada por esse país, que mesmo intercedendo a Deus continuamente, Deus parece um silêncio só.
Mas o texto diz que tal juiz, de tanto a viúva insistir, para não ser mais importunado, chateado, azucrinado busca resolver a situação da viúva. Para não deixar dúvida acerca do parágrafo anterior, lembremos que se trata de uma parábola, e o que Jesus quer assinalar é que o aparente silêncio de Deus ou sua demora não significa indiferença ou atitude semelhante à figura do evangelho, mas ao contrário, como o próprio Jesus coloca , Deus faz justiça noite e dia aos que clamam por ele.
Na verdade o evangelho quer chamar a nossa atenção sobre a paciência que devemos ter em relação ao tempo de Deus, nós é que somos imediatistas e como não vemos o resultados dos nossos desejos no tempo e na hora em que desejamos, achamos que Deus fechou os olhos e os ouvidos à nossa causa.
Falta-nos a paciência, e entender que esse tempo, não significa abandono de Deus para conosco, bem como para com nossas necessidades, mas o tempo é uma oportunidade para a gente converter o joio insistente e teimoso dentro de nós, em trigo, capaz de ser colhido para o celeiro do Senhor.