"A comemoração dessa festa teve início na Mesopotâmia por volta do ano 2.000 antes Cristo, e era conhecida como festival de "Ano Novo". Na Babilônia a festa começava na primavera, por ocasião do equinócio, ou seja, no momento em que o sol corta a linha do Equador, fazendo com que os dias sejam iguais às noites. Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia para esta festa ( 753 antes de Cristo). O ano começava em 1º de março, mas foi trocado em 153 antes de Cristo e mantido no calendário Juliano, adotado em 46 antes de Cristo. Em 1.582 a Igreja consolidou a comemoração, quando adotou o calendário gregoriano".
Caríssimos irmãos em fim chegamos ao entardecer de 2012 e logo amanheceremos e acordaremos com os raios do sol de 2013.
O que esperamos desse tempo que logo começa, o que almejamos nesse tempo que logo se inicia? Ou melhor, o que as pessoas podem esperar de mim, neste novo ano que logo amanhecerá?
Não vão ser poucos, os abraços, apertos de mão, os votos desejados de feliz ano novo, de saúde e de paz ao longo dessa noite. Não vão ser poucos os fogos, as bebidas e as comidas esbanjados ao longo desta noite.
Tudo bem, mas será isso suficiente para se viver bem, viver feliz, o ano que chega com todas os desafios e problemas que ele herdará do ano que findou?
Meus irmãos não tenhamos dúvidas, assim que cruzarmos o limiar do novo ano, assim que despertarmos no dia do novo ano, assim que o os raios do sol de 2013 vararem as venezianas das nossas janelas e das nossas portas, muitos desafios não superados no ano anterior estarão rentes, prontos para conosco iniciarem uma nova jornada.
Pois bem, o grande desafio nosso, o grande lance nosso, a grande cartada nossa, é adentrar nesse ano, andar em meio aos seus desafios, cruzar com as suas dificuldades, mas sem perder de vista as boas atitudes, entre elas a de amar e perdoar. Aliás, nós só conseguiremos suportar os desafios desse novo ano, deixados pelo ano que se foi, sem melindres e reclamações, se nos munirmos desse perdão e desse amor.
Como é difícil exercitar o amor e o perdão. Difícil, porque amar, significa assumir riscos, inclusive o risco de não ser recompensado com o mesmo amor. Muitas pessoas deixaram de amar, porque amaram esperando receber algo em troca, e essa troca não veio, continuam esperando, e podem esperar a vida inteira, porque essa troca pode nunca vir.
Se você quiser amar, ame, mas não espere nada, não exija nada, não reivindique nada, só ame. Quem ama esperando receber algo em troca, pode não ter entendido o exercício de amar.
Como é difícil perdoar, porque perdoar é dizer à outra pessoa que o que ela fez não existe mais. Ou seja, você deixa de ser vítima da pessoa que lhe ofendeu, arrancando, tirando um peso, um fardo das suas costas e das costas dela também.
Veja, o pedão serve para os dois, para o que foi ofendido, porque ele agora se vê livre da mágoa e do ressentimento, mágoa e ressentimento que ferem e matam não só o coração, mas também a alma. E para o agressor, que não vê em você mais um adversário, mas um irmão.
Nunca foi fácil perdoar, porque perdoar significa romper comigo e com meus sentimentos. Nunca foi fácil perdoar, porque perdoar significa evitar, cortar as lembranças, aquelas que aumentam as nossas mágoas, nossas dores e os nossos sofrimentos.
Diz um provérbio que a pessoa que perdoa uma ofensa, mas insiste nas lembranças passadas estraga a amizade. E eu digo que a pessoa que perdoa, mas insiste na lembrança do que aconteceu, não entendeu nada do perdão. E, aí, estraga não só a amizade, mas estraga também o coração, estraga o espirito, estraga a alma e estraga a própria vida.
Celebremos um ano de fato novo, novo não só pela sua cronologia ou pela sua história, mas novo principalmente, por causa das mudanças que você agora se propõe arriscar na sua vida e no seu coração.
O ano jamais será novo, se você insistir nas coisas velhas da mente e do coração. O ano jamais será novo, se você tiver medo de amar e perdoar. O ano jamais será novo, se você não se revestir por dentro. Revestir, é vestir de novo. De novo, porque precisamos está sempre renovando o guarda roupa do nosso coração. De novo, porque, não das roupas e, ou dos trages novos comprados e, ou alugados, caros para as festas desta noite, mas do Espírito Santo que nos veste com a sua pureza, com sua santidade e com o seu amor.