terça-feira, 17 de janeiro de 2017

MISSA III DOMINGO COMUM
 

"O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz"
 
Há três pontos de reflexão no capítulo e versículos propostos neste domingo, via o Evangelho de Mateus, objeto da liturgia e da homilia de hoje.
 
Primeiro, encontramos Jesus na casa de Pedro, lugar onde passou muitos anos. Em 2010 peregrinando em Israel estive em cafarnaum, e numa casa, que segundo a tradição é a casa de Pedro.
 
Segundo,  trata-se do chamado dos primeiros discípulos às margens do Mar da Galiléia, indicando que esse chamado se estende a cada um de nós no contexto social que vivemos.
 
E no terceiro ponto, Jesus que ensina, prega, e cura as enfermidades das pessoas mostrando que um novo tempo chegou.
 
O povo que vivia nas trevas viu  uma grande luz. Trevas aqui equivale todo o desprezo, toda a opressão, toda a privação de liberdade e dignidade que este povo experimentou por muitos anos pelos judeus de Jerusalém e por aqueles os quais representavam. Mas conforme ouvimos do profeta, sobre as montanhas da Galiléia uma luz apareceu, e aquele povo que durante tantos anos viveu sob a sombra da morte da opressão, das trevas da discriminação e do jugo da escravização de forças perversas e desumanas, agora vê-se clareado pelo Sol da justiça, da liberdade e da paz.
 
Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens. Por muitos anos pescaram peixes e esses lhes serviam sua necessidade material. Pescaram peixes e esses sentiram a força dos seus braços, a traição dos seus anzóis e das suas redes. Mas agora eles são pescadores de outros mares, de mares humanos, onde os peixes são pessoas, são homens, mulheres, jovens e crianças, que ao invés de derrota-los e de matá-los, preferem morrer, para salvar e defender, libertando-os de todas as ciladas, de todas as tentativas de trevas que nestes tempos tentam cercá-los e envolvê-los.
 
No que tange as enfermidades, são muitas nos dias de hoje: drogas, bebidas, violência, fome, em fim. Enfermidades essas, que têm não só ferido, adoecido, mas vitimado tantos, jovens, tantos homens e mulheres. Jesus não só ensina, não só prega, mas também cura, liberta, arranca a pessoa da condição indigna que o pecado espiritual ou social a levou. Por isso, nesses dias ele foi reconhecido como alguém que trouxe um ensinamento novo, e novo, exatamente porque tira a pessoa, arranca a pessoa da condição que se encontrava e devolve-lhe a a vida, a dignidade e a paz.
 
 
 
 
 
 
 

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário